Hortelã: tipos, benefícios e para que serve

Hortelã: tipos, benefícios e para que serve

Refrescante e versátil, a hortelã vai muito além do chá. Descubra os diferentes tipos de hortelã, seus benefícios para a saúde e como incluir essa planta incrível na sua rotina.

Com a chegada da primavera, é comum sentir a garganta irritada ou a boca mais seca. Lendo Hortelã: tipos, benefícios e para que serve 6 minuto

Hortelã: conheça os tipos, benefícios e como usar no dia a dia


🌿 1. Os diferentes tipos de hortelã e suas particularidades

 

Refrescante, aromática e cheia de benefícios, a hortelã é uma das plantas mais queridas e versáteis da natureza. Seu uso atravessa gerações — das avós para as mães, e destas para os filhos — graças aos inúmeros benefícios e à versatilidade dessa erva refrescante.

De acordo com a Associação de Promoção dos Orgânicos, o mercado de ervas aromáticas movimenta mais de R$ 2 bilhões por ano no Brasil, e a hortelã está entre as protagonistas desse segmento. Com diversas espécies cultivadas em todo o país, essa erva versátil se destaca não apenas pelo aroma e sabor refrescantes, mas também por seu potencial medicinal, econômico e até ornamental.

A seguir, conheça as cinco principais variedades de hortelã e suas características:

1. Hortelã-pimenta (Mentha piperita) – Uma das espécies mais valorizadas comercialmente, a hortelã-pimenta é resultado do cruzamento natural entre a hortelã-aquática e a hortelã-verde. Suas folhas verde-escuras e pontiagudas, com bordas serrilhadas, liberam um aroma intenso e revigorante devido à alta concentração de mentol. É uma planta rústica e adaptável, que se desenvolve bem em diferentes regiões do Brasil. Para cultivá-la, o ideal é optar por solos férteis, bem drenados e com exposição solar parcial.

2. Hortelã-verde ou hortelã-comum (Mentha spicata) – Provavelmente a variedade mais popular no Brasil, a hortelã-verde possui folhas verde-claras e lanceoladas e um aroma suave, sendo amplamente usada na culinária e em chás refrescantes. É uma planta de fácil cultivo e rápida multiplicação, o que a torna uma excelente opção para pequenos produtores. No sistema orgânico, apresenta alta rentabilidade, especialmente quando comercializada in natura em feiras e restaurantes.

3. Hortelã-brava ou hortelã-japonesa (Mentha arvensis) – Essa variedade se destaca pela alta concentração de mentol e é a principal espécie utilizada para extração comercial do composto. Suas folhas pequenas e delicadas, com bordas finamente serrilhadas, são ideais para quem busca investir no mercado de óleos essenciais e fitoterápicos. Pesquisas da Embrapa apontam que o óleo essencial da hortelã-brava possui propriedades antissépticas e anti-inflamatórias, sendo amplamente utilizado nas indústrias farmacêutica e cosmética.

4. Hortelã-da-água (Mentha aquatica) – Como o próprio nome indica, essa espécie se desenvolve muito bem em ambientes úmidos, próximos a rios, lagos ou brejos. Suas folhas ovais e levemente peludas exalam um aroma marcante e agradável. Além de seu uso aromático, a hortelã-da-água tem importância ecológica, sendo empregada em sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas úmidas, contribuindo para a preservação de recursos hídricos e o equilíbrio ambiental.

5. Hortelã de folha grossa (Plectranthus amboinicus) - A hortelã de folha grossa é uma erva tradicionalmente usada no alívio de tosse, dor de garganta e bronquite, graças às suas propriedades anti-inflamatórias e calmantes. Também é conhecida por auxiliar no tratamento de feridas, problemas digestivos e cólicas, além de atuar como tônico natural para o organismo. Em algumas regiões, o sumo e o extrato das folhas são utilizados na medicina popular para mal-estar, febres e inflamações diversas, reforçando seu papel na fitoterapia brasileira. 

Com tantas variedades e possibilidades, a hortelã mostra por que é uma das ervas mais queridas do Brasil — unindo sabor, aroma, saúde e sustentabilidade em uma única planta.

💚 2. Benefícios da hortelã para a saúde e bem-estar

Muito valorizada pela medicina popular, a hortelã-pimenta é uma das plantas mais versáteis da natureza. A partir de seus principais ativos — menta e mentol — foram desenvolvidos inúmeros produtos, como cosméticos, sprays bucais, cremes e medicamentos, que aproveitam seu aroma marcante e suas propriedades terapêuticas.

O óleo essencial de hortelã-pimenta é amplamente utilizado em fitoterapia, aromaterapia e terapias naturais, graças à sua ação calmante, purificante e revigorante. Tradicionalmente, essa erva é usada para aliviar problemas estomacais, como má digestão e cólicas, e também para amenizar sintomas de gripes e resfriados, por conta de seu efeito refrescante e descongestionante (Mahendran, Verma & Rahman, 2021).

Rico em mentol, composto responsável pela sensação de frescor e pelo aroma inconfundível, o óleo de hortelã também apresenta propriedades antibacterianas, combatendo micro-organismos como Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Além disso, seus compostos fenólicos possuem forte ação antioxidante, ajudando a proteger as células e fortalecer o organismo.

Refrescante, versátil e poderosa, a hortelã-pimenta une tradição e ciência em cada folha — um verdadeiro presente da natureza para o corpo e a mente.


3. Formas práticas de usar a hortelã no dia a dia

A hortelã é uma planta versátil e fácil de incluir na rotina. Suas folhas frescas podem ser usadas em chás, sucos e infusões, ajudando na digestão e proporcionando sensação de bem-estar. Também é um ótimo ingrediente para receitas leves e refrescantes, como saladas e sobremesas. Além do uso culinário, a hortelã está presente em enxaguatórios bucais e sprays, que proporcionam hálito fresco e sensação imediata de limpeza, graças ao poder natural do mentol.

💚 Curiosidade: Todos os produtos da Água Rabelo possuem a hortelã de folha grossa (Plectranthus amboinicus) em sua fórmula, desde os enxaguantes até os sprays bucais. Essa tradição vem sendo mantida de geração em geração, garantindo um uso diário seguro, eficaz e naturalmente refrescante.


🌱 4. Como cultivar hortelã em casa

Cultivar hortelã em casa é mais fácil do que parece, e o segredo começa com um solo bem preparado. Prefira uma terra rica em matéria orgânica, com pH entre 6,0 e 7,0, garantindo um bom desenvolvimento da planta.

O plantio pode ser feito por mudas ou estacas, respeitando um espaçamento de 30 cm entre plantas e 60 cm entre linhas, o que facilita os cuidados diários e a colheita. O solo deve ser mantido sempre úmido, mas sem encharcar, e a adubação orgânica é a mais indicada, utilizando composto ou esterco bem curtido, na proporção de 3 a 5 kg por metro quadrado.

A colheita deve ser feita preferencialmente nas primeiras horas da manhã, quando os óleos essenciais estão mais concentrados. O ponto ideal é colher as folhas quando a planta estiver bem desenvolvida, mas antes do florescimento, garantindo sabor, aroma e frescor máximos.

 

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